quarta-feira, 5 de março de 2008

Canárias

Milhares de almas negras naufragaram nas tuas ondas raivosa, correndo em busca da felicidade no paraíso distante, abraçando a tragédia. Canárias, trono do fracasso da conquista da felicidade, corrente de sangue flutuando nas tuas veias. Estou rendido com fé e crença as tuas ondas náufragos. por ti são tantos ófãos e viuvas negras, amigos e familias enlutadas, hoje sois cemitério das almas negras desamparadas e angustiadas pelas tuas ondas e marés - almas solitárias.
As minhas lagrimas estão de luto, escravos das águas profundas, calvário da alegria inocente dos heróis da conquista amargo, combatentes da felicidade conquistantando victória do silencio eterno, esperança surda. Canárias a ti rogo a Alá. Calam-se as vozes da ternura, choram as mães negras, mãe África impotente vendo partir os seus filhos para aventuras solitárias, só lhe resta vestir de luto do holocausto dos seus governantes.
A ti canárias alimento a raiva da perdição, chorando noite e dia, dia e noite, almas negras. Vou plantar flores em cada canto das tuas seivas e ondas onde moram eternamente almas negras, senhores do destino - descansem em paz, entre explendores da luz e felicidade perpétua que nunca tiveram na terra, por vós rogamos.

Mídana Sanca

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