sexta-feira, 7 de março de 2008

Ser Africano

Há muita gente que pensa que ser africano é saber sentar-se no chão e comer com a mão. Sim, isso é certo africano. Mas desenganem-se, quem pensa que só os africanos é que fazem isso. Todos os povos no mundo se sentaram já no chão e comeram com a mão. O problema é problematizado, pois há muita gente que pensa que só os africanos é que comem com a mão. Não, todos os Árabes da África do norte, mesmo antes de serem africanos (vieram do oriente para África), comiam com a mão, sentados no chão.
Temos que respeitar e ter a consciência das nossas atitudes, valorizar coisas nossas que tem valor, que são boas para o futuro da nossa terra, para o nosso povo poder avançar.
Ninguém deve pensar que é mais africano do que o outro (mesmo se um que não é africano defende os interesses de África) porque ele sabe hoje comer melhor com a mão, fazer bem a bola de arroz e atirá-la para boca. Os «tugas» quando eram visigodos ainda, ou os suecos, que nos ajudam hoje, quando eles eram ainda vikings, também comiam com a mão. Temos que de sentir orgulho de ser africano de corpo e alma e, lutar em prol do desenvolvimento da África, acender a chama da simpatia, que caracteriza a nação africana. A pobreza é a nossa riqueza, a tristeza é desobediência a africanidade. Comer com a mão sim, mas guerra não.
Vamos todos, homens e mulheres, velhos e crianças, anciões e jovem dar a mão e construir uma nova África, onde brota a seiva do amor e carrinho. Haja paz em África. Não a violência nem ódio, que não exista propósito de vingança, destruição e os que cultivam sentimento de rancor.A alegria é a nossa identidade, a esperança é o pano do nosso ombro. Orgulhe-se de ser africano

Mídana Sanca

quinta-feira, 6 de março de 2008

Etnia Balanta

Organização Social: Nunca desenvolveram uma organização socio-política centralizada. A base da sua estrutura política é a aldeia que é governada pelo Conselho dos "Cabeça de Família". Este tipo de organização não impediu que os Balantas tenham feito frente, durante os últimos séculos da sua história, a importantes ataques do exterior, até a sua independência étnica e política, evitando a sua absorção e domínio por parte dos poderosos reinos vizinhos.
Matrimónio: Entre as muitas particularidades que caracterizam este povo, faz-se aqui referência aos seus costumes em torno do matrimónio. Quando uma adolescente atinge a idade para se casar, os parentes mais velhos começam a visitar os pais dela para falar sobre o seu futuro. Se sentam, acompanhados de 1 litro de bebida alcoólica local, com que os pais da rapariga entretêm os parentes mais velhos. Depois de consumida a bebida, fazem-se mais nove rondas com os seus respectivos 9 litros de bebida alcoólica. Depois "destes dez litros tradicionais" terem sido consumidos, chega o momento de falar abertamente da futura cerimónia de casamento, o "Djida" na língua Balanta.
Na casa dos pais da adolescente, deixam de molho um punhado de cereais (milho preto) que depois cobrem com umas ervas especiais. Depois de alguns dias, os cereais germinam e são moídos para se fazer farinha. No dia seguinte começa-se a fazer um vinho especial com esta farinha. Quando o vinho fermenta e fica apto para o consumo, o "Djida" pode começar.
Uns 15 ou 20 adolescentes masculinos e duas tias paternas acompanham em procissão a noiva ao lugar do casamento. A noiva, para esta ocasião, se veste com um pano tradicional feito manualmente e um lenço de cor negra atada a volta da sua cabeça. Se oferece uma cabra e vinho aos acompanhantes da noiva em gesto de gratidão. Se mata a cabra, se assa e se come num banquete com uma grande quantidade de vinho, durando toda a noite.
No dia seguinte, muito cedo, os acompanhantes voltam a casa. Entre às 9 e às 10 da manhã, um grupo de 20 a 30 pessoas vai em procissão a casa. Esta procissão não deve cruzar-se no seu percurso com os acompanhantes do dia anterior. Se acontecer, uns dos grupos deve mudar a sua tranjectória.
O grupo que vai saudar a noiva de manhã não vai alí directamente, porque antes tem que passar pela casa de uma determinada pessoa. Essa pessoa é eleita de antemão para actuar como representante do pai da noiva. Se no futuro surgirem problemas entre os recém-casados, estes terão que ir ter com essa pessoa para que ela os ajude a resolver os seus conflitos. Essa pessoa pode ser um parente ou uma pessoa digna de confiança. É como se fosse um padrinho, e ela conduz a procissão a casa do "Djida".
A sua chegada, o primeiro alimento a ser servido se chama "Kop kif"; somente depois de terem provado esse "Kop kif" se servirão as bebidas, água incluída. Este costume é sagrado. "O Padrinho" oferece um pouco de aguardente aos espíritos dos antepassados, vertendo-a ao chão, enquanto os pede em voz alta que faça com que a noiva fique grávida quanto antes e dê um bebé saudável aos recém-casados. A cerimónia do casamento dura dois dias.
Depois da união, a noiva permanece na sua casa durante um mês inteiro. Uma semana depois do casamento, a recém-casada tem que ser lavada. É um ritual que se leva a cabo ao amanhecer e começa com os gritos característicos de uma mulher que despertam a aldeia inteira. Estes gritos são seguidos pelos sons de tambores. Isto é um sinal para que todos os homens e adolescentes masculinos deixem a aldeia até ao ocaso. Durante o dia as mulheres realizam certos rituais secretos que as mulheres balantas nunca compartilharão com ninguém.
Religião: Em 1984, "Ntombikte", um balanta considerado como profeta, cria o movimento Kiyang-yang, que se estende rapidamente. Em junho de 1985, o Governo detém alguns dos seus líderes e os mete na prisão durante algum tempo. Em 1986 o governo adopta medidas que proíbem as actividades religiosas e curativas dos grupos Kiyang-yang e o uso dos seus objectos rituais e plantas medicinais. Entre estas se proíbe o uso de um extracto líquido preparado com raízes de uma planta chamada "Tchunfki", durante os rituais religiosos, devido às suas propriedades psicoativas.
Mais tarde, uma senhora que estava passando por uma crise psicótica depois da morte de seu filho recém-nascido, disse ter sido elegida por Deus e por Ntombikte. Contra os costumes, a mulher cria uma nova aldeia, onde se instala com os seus filhos. Mulheres e adolescentes se juntaram a ela, criando logo novas unidades residenciais. Apesar de todos os seus membros serem da etnia balanta, eles dizem que se reúnem como filhos de "N'haala" (Deus) e asseguram que chegará o dia em que todas as nações contarão com os filhos da comunidade. Descuidando-se nas invocações aos espíritos dos antepassados, as comunidades Kiyang-yang minam as bases ideológicas da organização tradicional. A saúde e o bem-estar material não virão das invocações ou sacrifícios aos espíritos feitos através de determinados intermediários, se é que os discípulos de Ntombikte se dirigem directamente a Deus, passando dos adivinhos e sacerdotes tradicionais. Pouco a pouco vai-se elaborando todo um manual de rituais e rezas. A diferença nos trajes de uma hierarquia baseada na pureza, donde se distinguem os que levam uma roupa branca dos outros, substitui a tradicional divisão em dez "classes de idade" masculinas e cinco femininas. Da mesma forma que no islamismo e no cristianismo, cada comunidade constrói uma casa de oração para realizar as rezas em comunidade. A direcção religiosa está a cargo de mulheres e homens jovens, ao contrário da organização social tradicional, baseada numa senioridade, governo dos mais velhos.

Guiné-Bissau

A Guiné-Bissau é um país que fica situado na costa ocidental da África, junto ao Senegal (norte e leste) e Guiné-konakry (sul). Tem uma superfície de cerca de (126 000 km2), com uma população de cerca de um milhão e quinhentos mil habitantes, com uma média de cerca de doze habitante por quilometro quadrado. É um país que ao longo de mais de dois século, viveu sob domínio da antiga potência colonial (Portugal). Proclamou a sua independência unilateral a mais de trinta anos, no dia 24 de Setembro de mil novecentos e setenta e Três, reconhecido um ano mais tarde por Portugal, em mil novecentos e setenta e quatro. Desde então, adoptou o sistema político semi-presidencialista, com regime partidário único o P.A.I.G.C (Partido Africano Independência Guiné e Cabo Verde), que governou o país ao longo de mais de uma década. Adoptou o regime democrático nos meados de década de mil novecentos e noventa, abrindo a via para o multipartidarismo, tendo realizado as primeiras eleições (legislativa e presidencial) na primeira metade de década de noventa, no ano de mil novecentos e noventa e quatro.
A maioria da população é camponesa ou rural, percebendo logo, que a agricultura principalmente de subsistência, desempenha um papel de extrema e capital importância na dinamização da economia do país. Daí, é legitimo afirmar que a economia é subsidiada pelo campo (agricultura), nomeadamente a horticultura e plantação de arroz, com uma média de cerca de oitenta por cento da população praticante. A industria é praticamente inexistente, abrindo desta forma, o caminho a existência de pequenas e médias empresas com recursos deficientes, micro-negocio e sobretudo comercio a grosso e a retalho, actividade exercida pelos pequenos e grandes comerciantes e os famosos «djilás» que funcionam como elemento dinamizador do comercio, cujo pratica, ganha cada vez mais adeptos. Por outro lado a pecuária também tem uma palavra a dizer na economia do país.
Em termos sociais a Guiné-Bisaau, tem um grupo étnico vastíssimo que preenche a sua realidade social. Se por um lado pode servir de obstáculo ao desenvolvimento, o que não é o caso, por outro lado, contribui para a riqueza cultural do país, promovendo a diversidade cultural e inter-culturalidade. As convivências sociais baseia-se no orgulho de ser Guineense, vincado na afinidade, unidade e concórdia nacional, que se manifesta no gesto nobre de solidariedade e simpatia negra, onde «um» faz parte de um«todo» e todo faz parte de um.
Em termos de saúde publica, este país tem um enorme desafio que passa pela irradiação ou redução e combate ao paludismo e malária, causas principais da mortalidade, sobretudo infantil, que atinge um número alarmante. Do reverso da medalha, é urgente reconstruir as infra-estruturas hospitalares que se encontra num estado profundo de degradação e apostar seriamente no saneamento básico, como elemento essencial no combate as epidemias, que põe em risco a saúde pública.
No que diz respeito a educação, este pequeno país já teve dias melhores. Actualmente este sector, encontra-se num estado de «coma» pelo que inspira cuidados especiais. Em relação as infra-estruturas sociais publicas, contam-se as idades dos prédios degradados a espera de uma mão amiga que lhe dê primeiro socorro, que poderá servir de balão de oxigénio que lhe vai permitir respirar. A maioria das infra-estruturas foram construídas nos tempos coloniais, com uma idade na inferior a trinta anos.
Por outro lado é bom recordar que a Guiné-Bissau, é detentor de uma riqueza natural invejável, dos seus lindos e extensos campos verde, da bela paisagem natural e dos riachos onde brotam água viva e pura. A natureza tem poder que nem a razão sabe explicar, os homens é que tentam desafiar a natureza com a força destruidora.

Mídana Sanca

quarta-feira, 5 de março de 2008

O cálculo da felicidade

A vida é um ciclo, nascemos, crescemos e por fim morremos. Tudo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades e estado, perante as situações e seja ela para o bem assim também para o mal, respeitando as normas do vice-versa; enquanto houver o bem haverá o mal. Tudo é preciso desde que houver espaço. Tudo é importante, mas nem tudo é necessário.
As vezes, o dia parece nunca mais acaba, as noites acabam depressa. Por vezes o tempo não corre como desejamos, mas também se assim for morremos muito mais cedo, sem tempo para concretizar os nossos sonhos, desejos, prazeres, enfim o nosso tudo de bom. Muitas das vezes, o nosso desejo é de continuar a ser criança para toda a vida, ignorantes do mundo, brincar e brincar todos os dias, acordar a sorrir, desprezar tudo que o mundo possui e continuar a sorrir por tudo que sorrir, olhar as coisas como elas são, viver um dia de cada vez, segundo por segundo, minuto por minuto, horas e dias após dias e assim sucessivamente.
A vida é dura, pois é, o cansaço, a tristeza, a solidão, depressão, desilusão, a magoa, a subtracção de trabalho menos bom salário, a soma de; suor mais estress, tristeza maior igual a alegria, o sofrimento de estar de pé antes do sono, passar horas e horas no trabalho distante da família, será que tudo isso é ser feliz na vida? A vida é filho da Pu... assim como Pu...é filho da vida, como dizia esse valente homem que trabalhava na construção civil, o kota Carvalho, com o martelo eléctrico a cavar pequena elevação da terra para construir degraus que ele nunca pisará como senhor e dono, para-além de simples construtor, construímos casas, não temos casas, tanta casa sem gente e tanta gente sem casa, phonix a vida de caraças!! Bwé de pobres, isso que é, mas é.

Mídana Sanca

Canárias

Milhares de almas negras naufragaram nas tuas ondas raivosa, correndo em busca da felicidade no paraíso distante, abraçando a tragédia. Canárias, trono do fracasso da conquista da felicidade, corrente de sangue flutuando nas tuas veias. Estou rendido com fé e crença as tuas ondas náufragos. por ti são tantos ófãos e viuvas negras, amigos e familias enlutadas, hoje sois cemitério das almas negras desamparadas e angustiadas pelas tuas ondas e marés - almas solitárias.
As minhas lagrimas estão de luto, escravos das águas profundas, calvário da alegria inocente dos heróis da conquista amargo, combatentes da felicidade conquistantando victória do silencio eterno, esperança surda. Canárias a ti rogo a Alá. Calam-se as vozes da ternura, choram as mães negras, mãe África impotente vendo partir os seus filhos para aventuras solitárias, só lhe resta vestir de luto do holocausto dos seus governantes.
A ti canárias alimento a raiva da perdição, chorando noite e dia, dia e noite, almas negras. Vou plantar flores em cada canto das tuas seivas e ondas onde moram eternamente almas negras, senhores do destino - descansem em paz, entre explendores da luz e felicidade perpétua que nunca tiveram na terra, por vós rogamos.

Mídana Sanca

terça-feira, 4 de março de 2008

A luta

Hoje somos confrontados com inumeras incertezas e duvidas, que pairam no silencio mudo do nosso amanhecer, do nosso qutidiano e hora-a-hora. A nossa soberania humana é sistematicamente violada por impotencia corrupta das sensões estranhas, vinculada nas forças ocultas poder e lei da natureza enraizada nos costumes desajeitados e ensombrados, pela sombra da alegria inocente e cobarde da felicidade ensanguentada pela dinastia venenosa de ser pecador, porque pecamos contra os céus, a terra e o mar. As minhas mãos tremulas, simpaticas e arrogantes arrogam o sentimento de um coração escravizado pela força de mansidão, cheia de ternura soletrada pelo vazio do ruido da alma livre de tentação da crueldade infinita das memórias sangrentas do caminho percorrido, pelas estradas vazias, ruas desertas e esperança precoce quase no fim da avenida.
Um dia cantei, fiz o canto da terra, com a voz tremula aclamando aos deuses do olimpo, a desvinculação do instinto carnal e pecadora, sortudo é quem reage pela força da razão, quem me dera esse direito de autoria!! sou um animal, não nego, sim sou, mas animal raccional que de cara firme enfrenta a lógica e raciocínio atribulado com a teimosia surda e orgulho fanático da conguista da materia-prima solidificada nas periferias da razão humana.
O sol brilha, porque tem brilho, a lua ilumina a terra inteira porque tem luz e as estrelas ornamentam os ceus decorando a terra, porque não é amigo da fantasma e fantasia. Ninguém ama a escuridão só por justa causa e, nem deseja conguistar victoria do silencio eterno, mas sim, heróis por uma causa, alma soberana na vanguarda do mediatismo confidencial, Homens firmes, reijeitando a categoria de homem lobo do homem, que coisa boa!! o medo do capitalismo que ultrapassa a barreira de «cumbú» e escraviza o homem a mediada de simples mercadoria. Que coisa!! a violação da condição humana uma boa estratégia que orienta o negócio, meio para atingir o fim, lindo!! a disigualdade de repartição de riqueza, o pobre é amigo de Deus e o rico?
Não há vencedores sem batalha e não há batalha sem vencedores, quem luta vence e quem venceu porque lutou sem poupar energia renovável. o povo é soberano, o povo é quem ordena, quem somos nós para desafiar a soberania plena do povo, que ponha a mão no ar!! o povo é atropelado mas não morre, as simpatias antipáticas ressonam na timidez de quem manda no top, estatueta erguida no compromisso do dever inconsciente carbonizado pela fé da sé, joelhos de prece das benditas esperanças, isso kuiwa bué!! na primeira rua a esquerda o vizinho bate palma na palma e meia da mão, o segredo do senhor está a ser comercializada na praça pública sita na avenida principal do distrito de samba e, você aí já preparaste o terreno para machamba, cuidado com nganga de meias vermalhas porque é bwé da dura, gicolomesso candenque.
Sei lá, só tenho medo que alguém venha um dia a cortar o raíz ao pensamento, derrubar o cérebro esfomeada de pensamento, invadir o território inimigo com flexas de ângulos afinados, combatente da razão abstrata, defensor de incertezas benditas que não deixa nostalgia das manhãs serenas e de serenatas cacimbadas no relento do sacrificio cruel que crucifica amizade de iscariotes que imerge na ceia santa - mas a luta e a saga continua.

MídanaH Sanca